terça-feira, 31 de março de 2015

Normal ou cesárea?


Oi, gente. Comecei a escrever esse texto há um tempo, pelo celular, entre uma mamada e outra. Mas aí não salvei (aquela que ainda não aprendeu a mexer direito no aplicativo do Blogger) e perdi tudo. Fiquei chateada e demorei a rescrever. Risos... Fazia tempo que eu queria falar sobre minha sensação durante e após os partos das minhas meninas. Antes de começar nosso papo, quero ressaltar que este texto não tem pretensão nenhuma de discutir que tipo de parto é o melhor. Não sou capacitada para isso. Na verdade, eu acredito que o melhor parto é aquele que deixa mamãe e bebê seguros. E sou a favor do livre arbítrio consciente. A melhor aliada que uma parturiente pode ter é informação. Se eu pudesse dar um conselho para as mamães gestantes, eu diria: se informe. Leia, assista, pesquise. Não acredite que você não pode só porque alguém disse isso. Não se deixe levar pelo julgamento dos outros. Somente com conhecimento de causa podemos tomar a melhor decisão. 

Minha primeira filha nasceu em agosto de 2012 de parto cesárea. 6 meses antes, descobri uma hérnia de disco na coluna que me maltratou demais. Maltratar é um eufemismo. Eu sofri feito um galeto no espeto. Senti dores terríveis na coluna, passei mais de dois meses acamada sem conseguir sequer sentar. Por causa da gravidez, eu não podia tomar nenhum medicamento para aliviar os sintomas. Aliás, eu não pude fazer nem mesmo exame de imagem para saber, de fato, aonde estava a hérnia e em que estágio de gravidade a discopatia se encontrava. Mas, graças a Deus, à fisioterapia e à acupuntura, melhorei muito. A data do parto foi se aproximando e, embora eu quisesse parto normal, essa idéia parecia cada vez mais distante. Tanto a obstetra quanto o traumatologista e os médicos da família eram unânimes em dizer que seria um risco. Não se sabia nada sobre a hérnia e o esforço do parto normal poderia piorar bastante a situação. Conseguiria fazer força na hora do expulsivo? Só Deus sabe. Em todo caso, não quis agendar meu parto. Eu preferi esperar minha filha dar seus sinais de que queria chegar no mundo. Ao menos isso eu fazia questão: respeitar a hora dela. E assim foi. Entrei em trabalho de parto na manhã de sexta-feira. A evolução foi rápida considerando que era meu primeiro filho. No exame de toque, pouco menos de 4h após o início das contrações, eu já estava com quase 5cm de dilatação. Ainda chegamos a cogitar um parto normal, mas abandonamos a idéia quando a obstetra percebeu que tive dificuldade em dobrar a perna. Aceitei a cesárea e rumamos para a maternidade. As contrações ficaram muito intensas, freqüentes e cada vez mais demoradas. Eu sabia que estava chegando a hora de conhecer, enfim, minha menina. Fui levada para a sala de parto e só enquanto eu levantava o tronco para sentar e tomar a anestesia, tive três contrações. Lembro de sentir muito frio após a anestesia. Pedi para me cobrirem um pouco e me senti melhor. Ao contrário do que já li, não tive as mãos presas na maca. Meu marido e meu irmão estavam presentes na sala de parto. Eles ficaram o tempo todo conversando, meu irmão explicando cada tecido que a obstetra cortava. Eu só conseguia pensar que estava cada vez mais perto daquele momento tão sonhado. De repente, mais rápido do que imaginei, ouço o som mais lindo do mundo: o choro da minha filha. Não dá para descrever com palavras o que senti naquele momento. É algo tão intenso que transcende. Difícil explicar. Bastou eu ver o rostinho dela que as lágrimas começaram a rolar dos meus olhos. Lágrimas da mais pura e verdadeira felicidade. Chorei de alegria. Nunca na minha vida (e olhe que tenho uma vida feliz) eu havia experimentado nada nem parecido com aquela alegria que me invadia. Imediatamente, me apaixonei por aquela menininha que surgiu na minha frente. Se eu pudesse resumir em uma palavra o que senti no parto da minha primeira filha, eu diria FELICIDADE


Já no parto da minha caçula, as coisas aconteceram de forma bem diferente. Eu ainda tinha a hérnia e por muito tempo, a idéia de um parto normal não foi bem recebida nem pela obstetra nem pelo traumatologista. Em uma das consultas de pré-natal do terceiro trimestre, manifestei novamente meu desejo de um parto normal. Pela primeira vez, a obstetra disse que poderíamos ver a evolução do TP e, só então, definir que tipo de parto faríamos. O resto da história vocês já sabem [ http://selomamaedequalidade.blogspot.com/2015/02/o-relato-do-nosso-parto.html ]. Meu segundo parto não só foi normal como foi natural. Isso quer dizer que não tive nenhum tipo de sedação ou analgesia. No bom e velho português, foi no seco. Foi bem diferente do meu primeiro parto. Lá, a sala de parto estava em relativo silêncio e, após a anestesia, eu estava calma, tranqüila e sem a dor das contrações. Já no segundo parto, eu gritava de dor. Senti a dor extrema. Senti meu quadril alargar, senti meu canal vaginal dilatar para minha filha passar. Não sei se é a maior dor do mundo. Mas certamente, foi a maior dor que senti. E eu só queria que aquilo tudo acabasse. Fiz muita força. Muita. Tanta, que minha filha nasceu em um único empurrão (e eu sofri uma laceração profunda). Quando ela nasceu, mesmo antes de ouvir seu choro, eu já sabia que ela tinha nascido. Afinal, eu tinha sentido ela escorregar de dentro de mim. E a primeira sensação que me invadiu foi o alívio. Um profundo alívio. A dor vai embora como num passe de mágica. É até difícil acreditar que aquela dor tão intensa pode acabar tão rapidamente sem deixar vestígios. Achei que eu ia continuar a sentir dor, menos intensa. Mas nada. Nem dor, nem ardor, nem latejar. Nada. Se eu pudesse resumir em uma palavra o que senti no parto da minha segunda filha, eu diria ALÍVIO. Somente quando a reencontrei para amamentá-la pela segunda vez (ela mamou no parto) é que as lágrimas rolaram. Não sei dizer o porquê, mas como vocês podem ver pela foto, eu só conseguia sorrir após o parto. Choro de emoção, somente no nosso segundo encontro. 

Conheci os dois extremos: um parto cesárea, onde, embora eu tenha sentido muitas contrações, minha filha "foi nascida" pelas mãos da obstetra. E um parto natural, onde ninguém interveio no nosso momento; eu pari e minha filha nasceu pelas contrações do meu útero, pelas mãos da natureza. Se eu pudesse resumir em duas palavras meu primeiro parto, eu diria FELICIDADE e AMOR. Se eu pudesse resumir em duas palavras meu segundo parto, eu diria ALÍVIO e AMOR

Hoje, posso afirmar o que eu já desconfiava. Filho não nasce de um corte na barriga, tampouco de uma vagina. Filho nasce do coração. É com o coração que a gente dá à luz. 

quarta-feira, 4 de março de 2015

Sobre os tamanhos de cada marca de fralda


Olá, pessoal. Hoje o post será curtinho para falar de algo que percebi ainda com minha primeira filha mas esqueci de comentar aqui. As mães e pais de primeira viagem talvez não percebam que uma fralda tamanho P da marca A pode ser maior ou menor que a fralda tamanho P da marca B. Parece que não há um padrão. Assim como acontece com a indústria da moda, cada fabricante parece ter a sua fôrma.  

Boa parte das gestantes fazem chá de fralda e, assim, recebem pacotes de fraldas de diferentes marcas. Na hora que o bebê nasce, a gente vai retirando os pacotes tamanho P do armário e usando. Mas vale à pena ficar atenta à indicação do fabricante. Aqui estamos usando Pampers e Turma da Mônica. Como vocês podem ver pelas imagens, a fralda tamanho P da Turma da Mônica é visivelmente menor que a fralda Pampers tamanho P.


O fabricante, inclusive, indica que a fralda P Turma da Mônica serve para bebês com até 6kg. 



Já a Pampers diverge. Peguei dois pacotes, ambos tamanho P. Um deles diz que a fralda veste bebês até 7,5kg. Já o outro pacote da mesma marca indica o uso até 8kg. Ou seja, não há um padrão. Melhor mesmo é ficar atenta para não começar usando o tamanho P "grande" e perder as fraldas P "pequenas".