Para cólica e gases: paciência

Atendendo a pedidos, hoje nosso papo será sobre cólicas e gases. Infelizmente, eu entendo um pouco sobre este assunto. Porque, sim, minha filha teve cólica até os 3 meses de idade. Sim, eu também não sabia o que fazer. E não, não há receita milagrosa para mandar pra longe essa dorzinha chata na barriguinha que tanto incomoda os bebês e que deixa mamães e papais à beira de um ataque de nervos.

Durante minha gestação, li alguns livros sobre cuidados com o bebê e participei de alguns cursos de gestante. Em todos eles, os palestrantes e autores eram praticamente unânimes em dizer que, para cólica, o remédio é o tempo. Até porque não existe um consenso na literatura médica sobre o que é realmente a cólica e o que causa todo esse incômodo. Alguns autores defendem que todos os bebês recém-nascidos sentem cólica, em maior ou menor grau. E isso se deve à imaturidade do sistema digestivo. Eu não sou médica nem profissional da área de saúde. Meu conhecimento sobre fisiologia e anatomia humanas se resume às aulas de Biologia que tive no colégio. Ou seja, falo como leiga total no assunto. Então, se você busca uma informação mais técnica, certamente esse blog não é a melhor fonte de pesquisa. Falarei aqui apenas o que aprendi na minha (in)experiência como mãe de uma única filha. E como cada bebê é um universo, o que serviu para minha filha pode não fazer nem cosquinha no seu bebê. Mas enfim, vamos deixar de enrolação. Vamos falar sobre as temidas cólicas e os gases, que também causam rebuliço na barriguinha dos pequenos.

É bem difícil identificar a cólica porque ela normalmente aparece quando o bebê é recém-nascido e quando a mamãe de primeira viagem ainda não conseguiu identificar se o choro do bebê é fome, sono, irritação ou dor. Mas, o corpinho do bebê dá alguns sinais. Segundo o que li e observei na minha filha, concluí o seguinte:

Quando o choro dela era contínuo e ela não acalmava mesmo no peito, com fraldinha trocada e sem sono e, além disso, quando mexia demais as perninhas, curvando-as pra frente na direção da barriguinha, eu imaginava que ela estava com gases. Para aliviar, colocava minha filha de bruços, com a barriguinha para baixo, sobre meu corpo ou sobre meu braço. Ela adorava ficar nessa posição: de bruços sobre o antebraço (de preferência, do papai, já que os braços fracotes da mamãe não aguentavam essa posição por muito tempo). Outra coisa que eu fazia e costumava aliviar era mexer suas perninhas. Fazia movimentos circulares com as pernas dela, como se ela estivesse pedalando uma bicicletinha imaginária. Depois de alguns minutos, ela liberava alguns gases e isso aliviava o incômodo. Também fiz compressa morna. Para isso, eu pegava uma fraldinha dela, passava com ferro quente, dobrava e colocava na sua barriguinha. Aqui, ressalto que é preciso ter bastante cuidado para não pôr a fralda quente em contato com a pele super sensível do bebê. Isso pode causar queimaduras.

Além dessas medidas, desde que minha filha nasceu, cortei do cardápio todos os alimentos "proibidos" para quem está amamentando: refrigerante, chocolate, café, feijão, batata, cebola. Até o leite eu tive que mudar. Passei a beber leite de soja ao invés de leite de vaca.

O pediatra da minha filha receitou dois medicamentos preventivos, para minimizar o incômodo causado pelos gases: Mylicon e Endorus. Antes de falar sobre os medicamentos, quero deixar claro, novamente, que não sou médica nem enfermeira e não tenho nenhum conhecimento na área de saúde. Sou apenas uma mãe que teve um bebê que sofreu com gases e cólicas. Lembro que a automedicação é perigosa até para adultos, imagina então para bebês recém-nascidos. Não aconselho nenhuma mamãe a comprar os medicamentos que cito aqui e dar para seus filhos. Conversem com o pediatra do bebê antes de oferecer qualquer coisa que não seja o leite materno. Mesmo os "inofensivos" chazinhos não devem ser oferecidos sem autorização do pediatra, pois podem conter substâncias que não fazem bem ao organismo do bebê.

Fonte: http://www.google.com.br/imgres?sa=X&biw=1760&bih=897&tbm=isch&tbnid=DdjMubdfZN8T4M:&imgrefurl=http://www.cliquefarma.com.br/preco/Mylicon&docid=zORUECZxbuTRYM&imgurl=http://www.cliquefarma.com.br/imagens/temp/ofertas/25/4804.jpg&w=300&h=300&ei=Y-7JUarxNbKJ0QHg4ICIBg&zoom=1&ved=1t:3588,r:0,s:0,i:88&iact=rc&page=1&tbnh=178&tbnw=189&start=0&ndsp=29&tx=20&ty=41

Mylicon é simeticona e atua no estômago e no intestino, rompendo as bolhas de gás e facilitando sua eliminação. Esse medicamento é indicado  para o alívio dos sintomas do excesso de gases no trato digestivo. Como Mylicon não é absorvido pelo trato gastrintestinal, não há perigoso de haver interação medicamentosa com outros com produtos que o bebê possa estar utilizando.

Combinado com Mylicon, minha filha tomava Endorus, que é mentha piperita, um medicamento fitoterápico que alivia cólicas e gases, além de ser expectorante. Para crianças abaixo de 2 anos, Endorus é utlizado somente para o efeito carminativo (alívio de gases e cólicas). Assim como o Mylicon, Endorus não reage com outros medicamentos.
 

Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=&imgrefurl=http%3A%2F%2Fsitedamamae.com%2Fremedio-endorus-para-aliviar-as-colicas-do-bebe%2F&h=0&w=0&sz=1&tbnid=th5KIkkufB7IDM&tbnh=225&tbnw=225&zoom=1&docid=rN7yPZNhuHV09M&ei=TO7JUZrDNYO09QSI3oCABA&ved=0CAEQsCU

Estes dois medicamentos, Mylicon e Endorus, eram ministrados três vezes ao dia, como forma de prevenção. E percebi que realmente houve um alívio em relação aos gases. 

No entanto, às vezes mesmo tomando direitinho a medicação, minha filha tinha episódios de choro inconsolável. Percebia que ela esticava as perninhas e se arqueava para trás. Era diferente do movimento quando tinha gases, quando tentava levar as pernas para frente e se curvava, também para frente. Se nada aliviasse o incômodo (compressa, deixar de bruços, exercício da bicicletinha, banho morno), eu sabia que ela estava com cólica. E aí, só tinha um jeito: Buscopan gotas. Segundo a bula, Buscopan é um medicamento de ação rápida indicado para alívio dos espasmos do trato gastrointestinal. E realmente, era tiro e queda: o choro inconsolável ia embora como num passe de mágica e minha filhinha voltava a ser o bebê tranquilo de sempre.

Fonte: http://www.google.com.br/imgres?sa=X&biw=1760&bih=897&tbm=isch&tbnid=bYHeskqoWzOjqM:&imgrefurl=http://www.telefarma.com.br/products/Buscopan-Gotas-20ml.html&docid=6AEMrb-nMDBqOM&imgurl=http://www.telefarma.com.br/product_images/b/580/Buscopan-Gotas-20ml__29567_zoom.jpg&w=800&h=800&ei=J-7JUZjuNIWs0AGo2IGYDA&zoom=1&ved=1t:3588,r:0,s:0,i:84&iact=rc&page=1&tbnh=188&tbnw=188&start=0&ndsp=27&tx=133&ty=49

Enfim, é bem difícil identificar e tratar cólica e gases. Acho que o principal conselho é tentar manter a calma. Sei que, às vezes, é bem difícil não se desesperar com um bebê chorando incessantemente por vários minutos, principalmente quando você está cansada e dormiu mal. Mas, acredite: se você se desesperar, seu bebê vai perceber seu nervosismo e ficará ainda mais angustiado, chorará mais e a situação que estava ruim, pode ficar ainda pior. Chorar compulsivamente deixa o bebê recém-nascido esgotado fisicamente e, além da dor da cólica, ele sentirá fome e exaustão. A boa notícia é que, por volta dos 3 meses de idade, as cólicas diminuem muito. Aliás, o 3º mesversário da minha filha foi o mais aguardado de todos. Risos... (Brincadeirinha!). Mas a verdade é que, com o tempo (que parece uma eternidade para as mamães), esses incômodos vão embora e tudo fica mais tranquilo.