terça-feira, 9 de setembro de 2014

"Bye, bye, chupeta, não precisa voltar..."



Sobre o fim da fase oral: bye bye chupeta e mamadeira.



Sei que chupeta é sempre um assunto polêmico: tem quem condene, tem que defenda. Tem quem não se importe em ver o filho andar com chupeta pendurada na boca até 5, 6, 7 anos de idade. Tem que prefira que o bebê chupe o dedo. Tem quem faz peito de chupeta. O mundo é diverso e eu respeito a decisão de cada mãe. O que vou falar aqui é o que EU penso. Pus EU em letras maiúsculas e destacado para frisar bem que o que vou dizer aqui não é verdade absoluta e nem a única maneira correta de se pensar. Aliás, nem sei se é a maneira correta. Mas é como penso e ajo. Não estou ditanto regra nem julgando quem faz diferente. Mas, vamos lá, foco na chupeta. Ou na ausência dela.


A medicina já sabe que uma das fases da primeira infância é a fase oral. Todo bebê vai vivê-la. Isso quer dizer que eles necessitam descobrir o mundo pela boca. Se a gente reparar, eles amadurecem de cima pra baixo. A primeira coisa na vida que dominam é a boquinha. Ao nascer, a única coisa que os bebês sabem é sugar. Depois de um tempo, passam a sustentar pescoço. Depois conseguem ter alguma coordenação com as mãozinhas. Em seguida, dominam o tronco e se mantêm sentados por algum tempo. Depois conseguem algum domínio de pernas e engatinham. Só depois de tudo conseguem domínio para caminhar. E durante todo esse amadurecimento eles vivem a fase oral.

A fase oral precisa ser respeitada. A criança precisa sugar, seja a chupeta, seja o dedo, seja o peito da mãe. Muitas mães (e me incluo nesse grupo) optam pela chupeta. No início, minha filha não gostava de chupeta. Eu a colocava em sua boquinha e ela cuspia longe. Com alguns meses de vida, passou a aceitar. Mas eu sempre pensei na chupeta como um acessório que não precisava ser usado 24h por dia. Ela tinha meu peito, fazia de 6 a 8 refeições por dia (e cada mamada durava uma eternidade). Então não havia razão para usar chupeta nesses intervalos sem “motivo”. E o que eu chamo de motivo era: choro inconsolável, picadinha de vacina, não encontrar o caminho do sono... Minha filha  jamais brincou com chupeta na boca, jamais tomou banho com chupeta, jamais passeou feliz da vida com chupeta na boca. Não. Só usava quando "precisava". Acho que isso tornou o desapego mais fácil. Aliás, tenho absoluta certeza. Quando tinha 1 ano e 8 meses, ela simplesmente parou de pedir a chupeta para dormir. Eu não dava toda noite, não. Esperava ela pedir. Ela parou de pedir, eu parei de oferecer. Mas aí 2 semanas depois ela adoeceu, ficou muito abatida, não comia absolutamente nada. Nem água bebia. Então eu melava a chupeta no leite pra ver se ela se alimentava. Resultado: ela voltou a usar a plasticuda pra dormir. Tudo bem, eu dei sem remorso. Ela tinha 1 ano e 8 meses, ainda era um bebê e nunca usou com excesso.

Ao entrar no consultório do pediatra mês passado, na consulta de rotina dos 2 anos, ele (que me conhece desde que nasci, pois foi meu pediatra) fez os elogios de costume, se derreteu como sempre e disse: quer dizer que essa moça fez 2 anos ontem? E eu respondi: pois é, dr. X, deixou de ser bebê e passou a ser criança. E ele completou: essa era exatamente a frase que eu queria ouvir. Porque tem muita mãe que não entende e não aceita que existem as transições e a criança precisa amadurecer. E acaba dificultando tudo. Muitas vezes, a criança está pronta para seguir adiante, mas os pais, consciente ou inconscientemente, não querem que o filho cresça.

Tivemos uma conversa muito importante e esclarecedora sobre a chupeta e o fim da fase oral. A fase oral, como falei, deve ser vivida e respeitada. Mas como todas as fases da vida, ela tem um fim. E esse fim acontece em torno de 1 ano e 9 meses. Então percebi que minha filha largou a chupeta por conta própria um mês antes dessa idade. Ou seja, ela já estava sinalizando que estava pronta para deixar para trás essa etapa. Após essa idade (em torno de 1 ano e 9 meses), a criança não tem necessidade de sucção nem de descobrir o mundo pela boca. Claro que não é algo cronometrado: fez 1 ano e 9 meses e precisa imediatamente largar a chupeta. Não é assim, afinal não estamos falando de um cálculo matemático, exato. Por isso é que se dá uma “tolerância” de 3 meses, até a criança fazer 2 anos de idade. Conheço crianças que largam a chupeta, por conta própria, bem antes dos 2 anos. Segundo o pediatra (e segundo o que eu penso também), prolongar essa fase oral traz prejuízos para a criança. E o menor deles é a arcada dentária. Arcada se corrige com aparelho. Hoje em dia é a coisa mais fácil do mundo. O que é difícil corrigir mesmo é o prejuízo psicológico que a chupeta PODE trazer. Novamente usei letras maiúsculas para destacar o “pode”. O que vou falar aqui não é uma sentença, uma verdade exata. É uma possibilidade. Pode acontecer, pode não acontecer. Mas se tem chance de acontecer, eu evito. Não pago pra ver, ainda mais quando a “moeda” em questão é minha filha. Jamais. Se tem chance de dar errado, eu não arrisco. Então, o pediatra me mostrou um série de estudos que mostram estreita relação entre uso prolongado de chupeta e adultos inseguros e problemáticos. Ele disse que quanto mais se prolonga o uso da chupeta além dos 2 anos, maior é a probabilidade de se ter um adulto inseguro no futuro. Conversei com a psicóloga da escola da minha filha e procurei algumas referências sobre o assunto que reforçaram o que o pediatra disse. Aos 2 anos (na verdade, até antes disso) a criança não tem nenhuma, absolutamente nenhuma necessidade de sucção, portanto não tem necessidade de usar chupeta nem mamadeira. Prolongar a fase oral é como nadar contra a correnteza e querer lutar contra o amadurecimento natural da criança, que precisa aprender a se acalmar (caso a chupeta seja usada para esse fim) de outras formas. Cabe aos pais guiar os filhos na busca dessa nova forma de “consolo” para as frustrações da vidinha da criança. Dá trabalho? Lógico que dá. Existe alguma fase da vida de um filho em que mães e pais não tenham trabalho? Se tem, eu desconheço. Mas é preciso enfrentar. É mais fácil mesmo deixar a criança usar a chupeta por 3, 4, 5 anos e esperar que ela, por si só, queira deixar a chupeta de lado. Mas, na minha opinião, da mesma forma que um pai não permite que seu filho coma comida do chão porque faz mal, não deve deixar que a criança viva a fase oral tardia. Ou por acaso você espera que seu filho tenha compreensão de que o chão é sujo e até lá ele vai comer comida do chão? Claro que não. Você orienta porque sabe que isso é o certo. Por que não fazer o mesmo com a chupeta? Conheço pessoas que até começam o processo de retirada da chupeta, mas depois cedem aos apelos da criança. O pequeno chora, esperneia, os pais cedem e entregam a plasticuda calmante. A criança, claro, se acalma. No dia seguinte, tudo outra vez: chupeta desaparece, escândalo, chupeta renasce das cinzas. Imagina a confusão na cabeça dessa criança. Isso, sim, é traumático. Não seria mais fácil sentar e conversar com a criança, explicar que ela não precisa mais da chupeta? Ela pode até chorar um momento. É natural, né? Mas ela vai compreender. Os adultos, às vezes, subestimam a capacidade de entendimento dos pequenos.
Crianças com desenvolvimento cognitivo dentro do padrão, que nasceram a termo e que não tem deficiências psicológicas são, sim, capazes de compreender. O processo de “deschupetamento” é, às vezes, mais difícil para os pais do que para os filhos.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

É menino ou menina?



Na sala de espera para a consulta de pré-natal, as grávidas normalmente viram alvo de perguntas. Eu até gosto, ajuda a passar o tempo já que consulta com essa médica é sinônimo de tarde inteira de espera. E como minha GO está super-hiper-mega-ultra seletiva em aceitar pacientes de obstetrícia, sou praticamente a única grávida por lá. Ou seja, sou o alvo das perguntas da mulherada. A sabatina dessa vez foi o sexo do bebê. Quando falo que ainda não sei se espero menino ou menina, todo mundo me olha torto. “Como assim não deu pra ver ainda com essa barriga desse tamanho?” Quando digo minha idade gestacional, as fisionomias mudam. Percebo um olhar de compreensão misturado ao espanto de uma barriga de 6 meses em uma grávida de 3 meses. Depois de ouvir (sempre!) se espero gêmeos, logo alguém sugere o exame de sexagem fetal. Acho muito legal a ciência ter avançado ao ponto de nos permitir descobrir o sexo do bebê com quase 100% de certeza, a partir da 8ª semana de gestação. De verdade, acho isso fantástico, ainda mais sendo uma cientista. Mas EU (vejam bem, não estou ditando regra, só estou dizendo o que eu penso) prefiro esperar um pouco, até que se consiga ver no ultrassom o sexo do bebê. Se conseguir com 12 semanas, bem. Se não, tudo bem também. Quando o bebê quiser se mostrar, eu vejo. Enquanto não quiser, eu aguardo. Eu quero saber, mas não precisa pressa. Mas o que me intriga é algumas pessoas não compreenderem isso. Eu entendo quem não consegue controlar a ansiedade e quer saber o sexo do bebê logo que possível. Os motivos são os mais diversos: querer falar logo com o bebê pelo nome, querer comprar logo as roupinhas, saber logo se o bebê é a menina ou o menino que você já sonhava mesmo antes da concepção... Cada um com suas razões. Mas EU não vejo necessidade de saber imediatamente. Prefiro curtir o bebê simplesmente como bebê, curtir o início da gestação, a expectativa de saber quem vai chegar e desvendar o “mistério” quando o bebê achar que chegou a hora de acabar essa brincadeira de esconde-esconde. Acho legal me conectar, por um tempo, com esse amontoadinho de células que se transforma em uma pessoa sem saber se seu DNA carrega cromossomos XX ou XY. Em um mundo onde tudo é tão imediato, onde as coisas acontecem tão depressa, onde a informação viaja numa velocidade assustadora, não vejo problema em se esperar até 12, 13 ou 15 semanas para saber o sexo do meu filho. Ou da minha filha. “Nossa, que estranho, pois eu fiz sexagem fetal assim que me disseram que eu podia”. Não me acho estranha por recusar a sexagem fetal PRA MIM assim como não lhe acho estranha por fazer o exame. Na verdade, eu já sei quem mora aqui. Soube em um sonho, sem precisar de sexagem fetal, sem precisar de US, há bastante tempo atrás. Mas o mundo aí fora vai ter que aguardar um pouquinho ainda porque quero contar o sexo em uma surpresa pra todo mundo ao mesmo tempo :) Nesse mundo tão corrido, um teste de paciência assim até que cai bem. Risos...

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Vai começar tudo outra vez...

"Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais


A voz do anjo
Sussurrou no meu ouvido

Eu não duvido
Já escuto os teus sinais
Que tu virias
Numa manhã de domingo
Eu te anuncio
Nos sinos das catedrais
."

E então Deus me abençoou novamente, me confiou a mais preciosa de todas as missões: gerar vida. Meu ventre se tornou novamente a morada de um anjo. E meu coração se expandiu de uma forma que a razão não consegue explicar. E assim como foi com sua irmã, eu já sabia... Eu sabia que em algum lugar desse universo você estava sendo preparado para mim... E eu para você. Agora somos um só, sem jamais deixar de sermos dois. Vem, meu bebê, que a mamãe já te amava antes mesmo do seu coraçãozinho começar a pulsar. Vem, que eu já escuto os teus sinais...
E essa era a grande novidade que eu tinha pra vocês. Mais um amor pra mamãe :)

terça-feira, 15 de julho de 2014

Foi a saudade que me trouxe pelo braço...

Oi, pessoal!

Cof cof... Esse cantinho aqui está tão abandonado que a poeira já tomou conta de tudo. Peço mil e uma desculpas. Estou sendo uma "blogueira" relapsa, eu sei. Mas é que a vida real me ocupou (e tem ocupado) um bocado. Estou doidinha pra voltar a escrever com mais frequência, mas tenho uma lista infinita de coisas a fazer e pendências a resolver. Mentira, não é infinita, mas é bem extensa e eu estou resolvendo tudo a passos de tartaruga (paraplégica). Mas, o que importa é que hoje consegui passar por aqui para dar notícias de vida, dizer que estou às voltas com os preparativos do aniversário de 2 aninhos (como assiiiiiim, 2 anos?!?! Já?!?!) e que em breve estou de volta, à ativa, com gás total e com novidades. Aliás, com super novidades! Me aguardem, eu volto.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Mochila guia ou coleira infantil?

Oi, queridos leitores. Eu estava roxa, verde, azul, vermelha... um arco-íris de saudade desse cantinho. Mas os últimos foram atribulados e realmente não tive tempo de passar por aqui. Hoje vou falar sobre um assunto "polêmico": a mochila-guia infantil. Para alguns, um acessório de segurança. Para outros, uma coleira. Eu realmente não tenho opinião totalmente formada sobre o assunto. Mas acabei comprando a mochila por ter visto casos próximos de crianças quase sequestradas em supermercados e shoppings da minha cidade. É triste essa realidade, mas não podemos fugir dela. Sendo bem sincera, nunca usei a mochila com minha filha aqui. Talvez por não ter tido oportunidade, talvez porque no fundo eu não aprove a ideia. Mas o fato é que é assustador o número de crianças que desaparecem no Brasil anualmente. Já ouvi algumas pessoas dizerem que basta ficar atento ao filho que isso risco não existe. Mas não é verdade. Quem já teve um filho desaparecido, mesmo que seja por alguns minutos, sabe que tudo acontece num piscar de olhos. A filha de um colega de trabalho foi raptada de dentro do supermercado enquanto a mãe pegava produtos na gôndola. Foi só o tempo de olhar os produtos na prateleira, escolher e a menina havia sumido. Por sorte, foi achada rapidamente, mas estava com as roupas trocadas e os cabelos cortados. Ou seja, quem a pegou, não tinha intenção de devolver. Vendo tantos casos cada vez mais próximos de mim, aproveitei a oportunidade e comprei a mochila quando viajei. Infelizmente, aqui no Brasil ela ainda é cara, mas comprei por um preço bem razoável fora.

Mochila-guia.
Comprei dois modelos: um em forma de macaco da Animal Planet e outro, uma mochila de joaninha, da Skip Hop. A minha filha, por ser pequenininha ainda, gostou mais do macaquinho. Ele tem bracinhos e perninhas, parece um brinquedo de pelúcia, e agrada a meninada toda. Também serve como mochila. Tem um zíper amarelo que pode ser aberto e a barriga do macaco pode servir para guardar alguma coisa. As alças são de nylon e ajustáveis ao tamanho da criança. As alças prendem uma na outra através de um fecho que passa pelo peito da criança e impede que a mochila seja facilmente retirada. As alças são removíveis, ou seja, a mochila pode ser usada somente como mochila e não como contentor.



Na parte de trás, o "rabo" do macaco é uma alça bem longa, de pelúcia, que serve para os pais ou responsáveis segurarem.











A única vez em que usei a mochila foi na viagem de volta pro Brasil. O aeroporto estava muito lotado, vôos atrasados e seria complicado lidar com várias malas, check in e bebê querendo desbravar o mundo. Então, coloquei a mochilinha nas costas da pequena e, de fato, a encoleirei. Percebi olhares espantados na minha direção. Percebi também olhares curiosos. Da mesma forma, ver crianças usando mochila-guia nos shoppings aqui da minha cidade me causou impacto inicial. Repito: não sei se é um acessório positivo ou negativo. Só sei que aproveitei a oportunidade e comprei. Hoje, a mochila de joaninha está dentro do armário, guardada. E a mochila macaco serve de brinquedo pra minha filha, que adora abrir e fechar pra ouvir o clic do botão amarelo.

Quando comprei, minha ideia era usar a mochila apenas em lugares lotados, como foi o caso. Acho, mesmo, que o melhor é manter seu filho perto com outros métodos: dando colo, carinho, atenção... Mas o mundo não é cor de rosa e isso, nem sempre, é possível.

A mochila prende no peito, dificultando a remoção pela criança.


Mochila-guia infantil
Vantagens: mantém a criança próxima aos pais, evitando que desapareça em lugares lotados.
Desvantagens: pode chocar quem estiver ao redor por parecer uma coleira. Se usada em excesso, pode diminuir o contato entre filhos e pais.
Preço: comprei fora do pais por U$ 12,00, o equivalente a R$ 30,00.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Dicas de viagem com bebê a bordo

O assunto aqui ainda é viagem com bebê. Como conversamos na postagem anterior, foi a primeira viagem de avião da minha filha e, por ser uma viagem internacional, foi uma viagem longa. Na tarde anterior à viagem (nosso voo sairia às 9h da manhã), mamãe lerda aqui lembrou de ligar para o pediatra e pedir orientações sobre como prevenir possíveis enjoos no avião. Eu nunca senti nada (e também viajei de avião bem pequena), mas nunca se sabe, né? Tem gente que sente náusea, então achei melhor prevenir. O pediatra receitou Dramin gotas de 8h/8h. Disse para começar 24h antes do voo (ãrram...). Vejam bem, eu não sou médica, não tenho conhecimento em pediatria e não estou receitando nenhum medicamento, certo? Consulte sempre o pediatra do seu filho antes de iniciar qualquer medicação. Enfim, comecei a administrar o Dramin cerca de 14h antes da viagem e continuei dando a dose recomendada (1 gota por quilo de peso) até chegarmos no destino final.

Outra providência que tomei foi ligar pra companhia aérea e solicitar alimentação infantil. Falei sobre isso na postagem anterior? Não lembro (olha o alemão chegando... Alzheimer querido), mas na dúvida, não custa repetir. Quem quiser solicitar alimentação infantil precisa fazer isso com até 24h de antecedência do voo. O trecho nacional não oferece esse serviço, somente o voo internacional. Na ida, a refeição era composta por uma papinha Nestlé salgada de 120g, uma papinha de fruta de 115g e uma mamadeira vazia. É preciso levar o leite em pó para o preparo. Eu também levei alimentação extra na bagagem de mão, o que é permitido. Levei potinhos salgados e doces, biscoitos e queijo processado. Como não é possível embarcar com mais de 100 ml de líquidos, não levei sucos. Na viagem de volta, recebemos dois potinhos salgados, dois potinhos doces, duas garrafinhas de suco (todos da Gerber) e duas mamadeiras vazias. Estou praticamente com um estoque de mamadeira da TAM lá em casa. Risos...

Ainda falando sobre alimentação, levei vários potinhos da Nestlé aqui do Brasil. Sei que alimento industrializado não é o ideal, mas em alguns momentos ou minha filha comia potinho ou ficava só no leite. E não daria pra passar duas semanas tomando somente leite o dia todo. Em vários momentos, tive oportunidade de cozinhar a comidinha dela. Levar daqui seria inviável já que a viagem total demorou 14h (saímos de casa às 7h da manhã e chegamos no nosso destino às 21h - hora do Brasil). Não tem bolsa térmica que aguente 14h. Chegava a hora do almoço e a gente estava lá no meio do show da baleia no Seaquarium. As opções de comida eram sanduíche, batata, salada crua, pizza, crepe... Potinho na causa, bem, sem remorso. Li bastante sobre potinhos no país do destino e muita gente relatou que os filhos não aceitaram, acharam o gosto muito ruim. Então, resisti a comprar. Mas, já no final da viagem, comprei alguns pratos prontos da Gerber e minha filha comeu bem, sem problemas.


Prato infantil da Gerber.


Comprar o Espaço Mais fez toda a diferença. Não é baratinho, mas valeu à pena. Minha filha pôde brincar no chão à vontade. E nos momentos em que estava cansada de ficar sentada, pode deitar e rolar sem incomodar ninguém e sem precisar se espremer entre duas poltronas.
Espaço Mais nacional.

Espaço Mais nacional.

Espaço Mais internacional.


Resolvemos alugar um carro. Não se pode esquecer de providenciar a cadeirinha para o bebê. Tem gente que leva daqui (bebê conforto pode ser usado no avião, desde que haja poltronas vazias - ou seja, sempre vão barrar seu bebê conforto. Já a cadeirinha tem que ser embarcada), mas eu preferi alugar lá. Seria menos um trambolho pra carregar. 

Cadeirinha que alugamos junto com o carro.
Dormindo tranquila na cadeirinha do carro.


Com o carro alugado, fizemos viagens curtas. Achei importante levar distração pra minha filha (alguns brinquedos, livros e tablet). Em uma das viagens, passamos 3h em trânsito. Bastante tempo para um bebê aguentar sentadinho na cadeira sem reclamar, né? Minha filha, graças a Deus, não deu nenhum trabalho. Pode parecer discurso de mãe babona, mas juro que é verdade. Ela ficou quietinha na cadeirinha sem reclamar. Saímos de manhã, ela lanchou e almoçou dentro do carro sem problemas. Eu fui no banco de trás ao lado dela. Achei mais prudente, seria mais fácil de alimentá-la (imagina a ginástica que eu iria fazer para dar comida sentada no banco da frente!) e consolá-la em caso de birras. Na volta, à noite, ela se alimentou e dormiu na cadeirinha. Pus o pijama nela antes de sairmos. Aí, foi chegar e deitar a boneca no berço :)
É importante levar alguma distração pra criança.

 

O carrinho de bebê também foi um grande aliado. Como se anda muito por aí afora e os bebês têm o ritmo próprio (tentei respeitar ao máximo a rotina da minha filha), é fundamental ter um local pra criança descansar. Não daria pra voltar pro hotel a cada cochilo dela. Então, levamos o carrinho com a capa de chuva. Quando ela ficava cansada ou dava a hora do cochilo, era só pôr no carrinho. Mamãe e papai despreocupados + bebê descansado = família feliz.


Descansando no carrinho, protegida da chuva.



Também é possível comprar fraldas no país de destino. Normalmente se encontra Pampers facilmente. Levei fralda suficiente para os primeiros 5 dias (calculando - superestimando - cerca de 7-8 fraldas/dia). Chegando lá, comprei mais. Mas foi importante ter levado fralda suficiente para os primeiros dias, pois minha filha adoeceu e não pudemos sair de casa - depois conto mais sobre esse episódio. Na volta, coloquei 14 fraldas na bagagem de mão. Exagerada? Neurótica? Maybe. Mas o fato é que nosso voo de volta foi cancelado. E a viagem que deveria durar cerca de 14h durou, na verdade, 48h. Passamos 2 dias entre aeroportos e hotéis, fazendo check in em hotel de madrugada, de forma que seria totalmente inviável procurar farmácia para comprar fralda às 2h, 3h da madruga. Por sinal, uma família de 3 crianças (uma menina de uns 5 anos, outra de uns 3 anos e uma bebê de 4 meses) passou por apuros. Só colocaram uma única fralda na bagagem de mão. Impossível um bebê passar 2 dias com uma única fralda, concordam? Lá estava a mãe com a bebê no colo, cheia de cocô, de madrugada, sem fralda nem farmácia próxima. E como uma mãe prevenida vale por duas, minhas 14 fraldas serviram pra minha filha e pra bebezinha desamparada. 

"Oba, legal revirar as malas!"
"Que lugar espaçoso pra correr!"


"Mamãe, vai demorar muito pra gente embarcar?"
"Vamos ter que ficar mais dois dias, filha" "Eeeeebaaaa!" Risos...

Outra dica, talvez a mais valiosa de todas: não se viaja sem seguro saúde. Nunca, jamais. A gente acha que é algo supérfluo porque, na maioria das vezes, se paga e não se usa. Graças a Deus, né? Mas nós precisamos usar e sem o seguro, teríamos desembolsado bastante dinheiro. Nunca se sabe quando se vai precisar recorrer ao hospital. E a conta hospitalar no exterior pode ser astronômica, dependendo do tipo de atendimento. Usamos o seguro e foi bem tranquilo. Alguns países nem aceitam mais o turista entrar sem seguro saúde. É um dinheiro que se gasta e que, sem dúvida, poderia ser usado para outras coisas. Mas a tranquilidade não tem preço.




domingo, 2 de fevereiro de 2014

Férias com bebê a bordo: alegria redobrada.


Olá, visitantes! Tudo bem por aí? Aqui está tudo em paz. Ainda estamos viajando, mas aproveitei uma soneca da minha filha para tirar a poeira desse cantinho. Como falei na postagem anterior, estamos viajando. Aliás, foi a primeira viagem de avião da minha piquitita. E como sei que, quando se tem bebê, tudo requer mais planejamento, vim aqui contar nossa experiência sobre a viagem. Aliás, essa postagem será apenas sobre o trecho aéreo. Se for o caso, escrevo mais sobre a viagem em si.

Nosso trajeto teve 4 trechos: dois vôos domésticos (uma escala e uma conexão), um vôo internacional e um trecho terrestre.

No primeiro trecho, minha filha dormiu logo após a decolagem. Acordou 1h depois, com fome. Lanchou um potinho de frutas sortidas, alguns biscoitos e água. Vale lembrar que a companhia aérea não fornece alimentação infantil em vôos domésticos, mas permite embarcar com alimentos.

Dormindo tranquila logo após a decolagem.

É fundamental prevenir problemas auditivos por conta da mudança de pressão durante decolagem e pouso. Se seu bebê mama, vale à pena oferecer o seio nesses dois momentos. Chupeta e mamadeira também são bem-vindos. No nosso vaso, a chupeta ajudou muito, minha filha pareceu não sentir nenhum incômodo nos ouvidos. 
Depois que acordou, se distraiu com os encartes da companhia aérea nos bolsões em frente às poltronas.  O "espaço mais" que compramos fez toda diferença. Minha filha pôde brincar no chão à vontade. Aliás, ela ficou tão à vontade que deitou no chão. Risos... Fizemos escala em uma cidade do norte do país e aproveitei para trocar a fralda dela. Banheiro de avião é naturalmente apertado e desconfortável, mas não tive problemas para trocar minha filha. Meu marido ficou na porta do banheiro me auxiliando, segurando lenço umedecido, fralda e pomada. Foi muito tranquilo e minha filha coube no trocador mesmo já sendo alta.
"Pode levantar?"

"Pra que serve esse paninho, mamãe?"
Espaço Mais no trecho nacional.





Uma dica importante: é sempre bom pedir o cinto de segurança infantil. Ele se acopla ao cinto do adulto e garante segurança à criança de colo em caso de turbulência. Teoricamente, a companhia aérea tem que oferecer, mas os comissários acabam esquecendo. Ao nosso lado viajou um bebê que tinha exatamente a mesma idade da minha filha e não usou cinto de segurança em nenhum momento, nem no trecho internacional.




Cinto infantil acoplado ao cinto adulto.
Cinto infantil acoplado ao cinto adulto.
Dormindo presa ao cinto.

O segundo trecho da viagem foi o mais curto, com duração de cerca de 1h30. Nesse trecho minha filha não dormiu. Ficou acordadinha brincando, atacando meu lanche, nadando no carpete do "espaço mais", apertando os botões do braço da poltrona... Enfim, sendo criança. Fizemos uma conexão, então tivemos que desembarcar. Como estávamos na primeira poltrona, foi bem tranquilo. Papai se encarregou da bagagem de mão e mamãe ficou com o bebê. Sobre a bagagem de mão, eu preferi ser prevenida. Levei várias mudas de roupa para minha filha (4 calças, 4 camisas, agasalho, meia, 10 fraldas descartáveis, trocador portátil, lencinho umedecido, pomada para assadura, pó para preparar leite, 4 mamadeiras vazias, alguns medicamentos, biscoito, potinhos, colher, babador descartável, livros e brinquedos, chupetas, manta) e muda de roupa para mim, caso ela me sujasse,  além de agasalho, pois era inverno no nosso destino. Aproveitei o banheiro do aeroporto para trocar a fralda da minha filha, oferecer água e um pedaço de pão.
É importante levar algum tipo de distração para a criança. Se já é um tédio para um adulto ficar várias horas dentro de um avião, imagina para uma criança. Levamos livrinhos que ela gosta, um caderno para desenhar/pintar, giz de cera, um fantoche, além do tablet com alguns filmes e músicas que ela mais gosta. Mas pra ser sincera, minha filha ficou tão maravilhada com o avião, os botões da cadeira, os cartões com avisos sobre segurança que não deu a menor bola pras distrações que levamos. No trecho internacional, a companhia aérea disponibiliza programação infantil, com filmes, desenhos, jogos... Passamos boa parte do tempo brincando de jogo da memória. Risos... 
Bagunçando no avião.

No trecho internacional, a companhia aérea oferece alimentação infantil. Para isso, é preciso entrar em contato com a empresa com uma antecedência mínima de 24h e fazer a solicitação. A refeição consiste de uma papinha Nestlé salgada de 120g, uma papinha de fruta de 115g e uma mamadeira vazia. É preciso levar o leite em pó para o preparo. Eu também levei alimentação extra na bagagem de mão, o que é permitido. Levei potinhos salgados e doces, biscoitos e queijo processado. Como não é possível embarcar com mais de 100 ml de líquidos, não levei sucos. No trecho internacional, minha filha se alimentou, troquei sua fralda (dessa vez fui sozinha com ela e não tive nenhum problema. A troca foi tranqüila, não achei desconfortável. Só acho que o trocador (que fica acima do aparelho sanitário) poderia ter um cinto de segurança abdominal para evitar acidentes. Assim que pus a fralda limpa, o aviso luminoso e sonoro pediu para retornamos à poltrona porque estávamos entrando numa área de turbulência. Foi só sentar, afivelar os dois cintos e logo em seguida ela cochilou. Aliás, capotou no meu colo por 3h. Como eu queria que ela descansasse, tentei não mexer muito e acabei não revezando com o marido. Foi legal almoçar e lanchar com a mão esquerda. Risos... Também achei melhor ele descansar bem, já que ele iria dirigir por cerca de 1h até o destino final. É um pouco desconfortável dormir sentada com um bebê no colo, mas até que conseguimos nos virar bem. Quer dizer, espaço para virar não tinha, não. Risos... Tínhamos a intenção de alugar o berço da companhia aérea. Mas nos informaram que a massa máxima suportada pelo bercinho é 11kg e minha filha ja ultrapassou esse limite. Mas se seu bebê for mais leve que isso, vale muito à pena esta opção. Mais conforto pro bebê, mais conforto pros pais.

Espaço Mais no trecho internacional.

Capotadinha.
Optamos por levar o carrinho de bebê e foi uma decisão acertada. Embarcamos o carrinho junto com as malas (protegemos o carrinho com Protec Bag para não danificar tanto).  Chegando no aeroporto, desembalamos o carrinho e ela ficou tranquilinha e confortável enquanto resolvíamos as pendências de aluguel de carro e outras coisas. Vale lembrar que carrinho de bebê pode ser levado como bagagem de mão ou embarcado sem contar como volume na franquia do passageiro. Já bebê conforto/cadeira para automóvel só podem ser usados noavião caso haja assento livre ao lado do seu. Caso contrário, eles precisam ser embarcados e contam como um volume. Preferimos alugar um carro com cadeirinha.

O quarto trecho da viagem foi terrestre. Levamos nosso GPS do Brasil e não tivemos dificuldade no trânsito. É importante lembrar de comprar o mapa do destino com a companhia do GPS. Isso é feito rapidinho online. Antes do último trecho, fomos ao banheiro para trocar a fralda. Aproveitei para vestir uma roupa mais confortável e agasalhar bem minha pequena. Imaginei que ela iria adormecer no caminho. Dito e feito. Chegando no quarto, foi só tirar os casacos e colocar a Bela Adormecida no berço.

Enfim, esse foi um pequeno relato da nossa primeira viagem internacional com bebê a bordo. Depois volto para contar mais sobre a viagem de carro que fizemos por aqui e sobre a viagem de volta. Deixa eu ir lá curtir o sol que fez por aqui.

Inté mais ver!