quinta-feira, 6 de março de 2014

Dicas de viagem com bebê a bordo

O assunto aqui ainda é viagem com bebê. Como conversamos na postagem anterior, foi a primeira viagem de avião da minha filha e, por ser uma viagem internacional, foi uma viagem longa. Na tarde anterior à viagem (nosso voo sairia às 9h da manhã), mamãe lerda aqui lembrou de ligar para o pediatra e pedir orientações sobre como prevenir possíveis enjoos no avião. Eu nunca senti nada (e também viajei de avião bem pequena), mas nunca se sabe, né? Tem gente que sente náusea, então achei melhor prevenir. O pediatra receitou Dramin gotas de 8h/8h. Disse para começar 24h antes do voo (ãrram...). Vejam bem, eu não sou médica, não tenho conhecimento em pediatria e não estou receitando nenhum medicamento, certo? Consulte sempre o pediatra do seu filho antes de iniciar qualquer medicação. Enfim, comecei a administrar o Dramin cerca de 14h antes da viagem e continuei dando a dose recomendada (1 gota por quilo de peso) até chegarmos no destino final.

Outra providência que tomei foi ligar pra companhia aérea e solicitar alimentação infantil. Falei sobre isso na postagem anterior? Não lembro (olha o alemão chegando... Alzheimer querido), mas na dúvida, não custa repetir. Quem quiser solicitar alimentação infantil precisa fazer isso com até 24h de antecedência do voo. O trecho nacional não oferece esse serviço, somente o voo internacional. Na ida, a refeição era composta por uma papinha Nestlé salgada de 120g, uma papinha de fruta de 115g e uma mamadeira vazia. É preciso levar o leite em pó para o preparo. Eu também levei alimentação extra na bagagem de mão, o que é permitido. Levei potinhos salgados e doces, biscoitos e queijo processado. Como não é possível embarcar com mais de 100 ml de líquidos, não levei sucos. Na viagem de volta, recebemos dois potinhos salgados, dois potinhos doces, duas garrafinhas de suco (todos da Gerber) e duas mamadeiras vazias. Estou praticamente com um estoque de mamadeira da TAM lá em casa. Risos...

Ainda falando sobre alimentação, levei vários potinhos da Nestlé aqui do Brasil. Sei que alimento industrializado não é o ideal, mas em alguns momentos ou minha filha comia potinho ou ficava só no leite. E não daria pra passar duas semanas tomando somente leite o dia todo. Em vários momentos, tive oportunidade de cozinhar a comidinha dela. Levar daqui seria inviável já que a viagem total demorou 14h (saímos de casa às 7h da manhã e chegamos no nosso destino às 21h - hora do Brasil). Não tem bolsa térmica que aguente 14h. Chegava a hora do almoço e a gente estava lá no meio do show da baleia no Seaquarium. As opções de comida eram sanduíche, batata, salada crua, pizza, crepe... Potinho na causa, bem, sem remorso. Li bastante sobre potinhos no país do destino e muita gente relatou que os filhos não aceitaram, acharam o gosto muito ruim. Então, resisti a comprar. Mas, já no final da viagem, comprei alguns pratos prontos da Gerber e minha filha comeu bem, sem problemas.


Prato infantil da Gerber.


Comprar o Espaço Mais fez toda a diferença. Não é baratinho, mas valeu à pena. Minha filha pôde brincar no chão à vontade. E nos momentos em que estava cansada de ficar sentada, pode deitar e rolar sem incomodar ninguém e sem precisar se espremer entre duas poltronas.
Espaço Mais nacional.

Espaço Mais nacional.

Espaço Mais internacional.


Resolvemos alugar um carro. Não se pode esquecer de providenciar a cadeirinha para o bebê. Tem gente que leva daqui (bebê conforto pode ser usado no avião, desde que haja poltronas vazias - ou seja, sempre vão barrar seu bebê conforto. Já a cadeirinha tem que ser embarcada), mas eu preferi alugar lá. Seria menos um trambolho pra carregar. 

Cadeirinha que alugamos junto com o carro.
Dormindo tranquila na cadeirinha do carro.


Com o carro alugado, fizemos viagens curtas. Achei importante levar distração pra minha filha (alguns brinquedos, livros e tablet). Em uma das viagens, passamos 3h em trânsito. Bastante tempo para um bebê aguentar sentadinho na cadeira sem reclamar, né? Minha filha, graças a Deus, não deu nenhum trabalho. Pode parecer discurso de mãe babona, mas juro que é verdade. Ela ficou quietinha na cadeirinha sem reclamar. Saímos de manhã, ela lanchou e almoçou dentro do carro sem problemas. Eu fui no banco de trás ao lado dela. Achei mais prudente, seria mais fácil de alimentá-la (imagina a ginástica que eu iria fazer para dar comida sentada no banco da frente!) e consolá-la em caso de birras. Na volta, à noite, ela se alimentou e dormiu na cadeirinha. Pus o pijama nela antes de sairmos. Aí, foi chegar e deitar a boneca no berço :)
É importante levar alguma distração pra criança.

 

O carrinho de bebê também foi um grande aliado. Como se anda muito por aí afora e os bebês têm o ritmo próprio (tentei respeitar ao máximo a rotina da minha filha), é fundamental ter um local pra criança descansar. Não daria pra voltar pro hotel a cada cochilo dela. Então, levamos o carrinho com a capa de chuva. Quando ela ficava cansada ou dava a hora do cochilo, era só pôr no carrinho. Mamãe e papai despreocupados + bebê descansado = família feliz.


Descansando no carrinho, protegida da chuva.



Também é possível comprar fraldas no país de destino. Normalmente se encontra Pampers facilmente. Levei fralda suficiente para os primeiros 5 dias (calculando - superestimando - cerca de 7-8 fraldas/dia). Chegando lá, comprei mais. Mas foi importante ter levado fralda suficiente para os primeiros dias, pois minha filha adoeceu e não pudemos sair de casa - depois conto mais sobre esse episódio. Na volta, coloquei 14 fraldas na bagagem de mão. Exagerada? Neurótica? Maybe. Mas o fato é que nosso voo de volta foi cancelado. E a viagem que deveria durar cerca de 14h durou, na verdade, 48h. Passamos 2 dias entre aeroportos e hotéis, fazendo check in em hotel de madrugada, de forma que seria totalmente inviável procurar farmácia para comprar fralda às 2h, 3h da madruga. Por sinal, uma família de 3 crianças (uma menina de uns 5 anos, outra de uns 3 anos e uma bebê de 4 meses) passou por apuros. Só colocaram uma única fralda na bagagem de mão. Impossível um bebê passar 2 dias com uma única fralda, concordam? Lá estava a mãe com a bebê no colo, cheia de cocô, de madrugada, sem fralda nem farmácia próxima. E como uma mãe prevenida vale por duas, minhas 14 fraldas serviram pra minha filha e pra bebezinha desamparada. 

"Oba, legal revirar as malas!"
"Que lugar espaçoso pra correr!"


"Mamãe, vai demorar muito pra gente embarcar?"
"Vamos ter que ficar mais dois dias, filha" "Eeeeebaaaa!" Risos...

Outra dica, talvez a mais valiosa de todas: não se viaja sem seguro saúde. Nunca, jamais. A gente acha que é algo supérfluo porque, na maioria das vezes, se paga e não se usa. Graças a Deus, né? Mas nós precisamos usar e sem o seguro, teríamos desembolsado bastante dinheiro. Nunca se sabe quando se vai precisar recorrer ao hospital. E a conta hospitalar no exterior pode ser astronômica, dependendo do tipo de atendimento. Usamos o seguro e foi bem tranquilo. Alguns países nem aceitam mais o turista entrar sem seguro saúde. É um dinheiro que se gasta e que, sem dúvida, poderia ser usado para outras coisas. Mas a tranquilidade não tem preço.




5 comentários:

♥ Fabíola (Bi). disse...

Vou ter que imprimir esses textos, e né pra quando ter filho não, sair com as amigas que tem filho já rola um carinho maior e habilidades extras, tais que vc relata aqui com maestria. AMEI!!!

Unknown disse...

Amiga, você é suspeitíssima!
:)

Unknown disse...

E eu pensei que era corajosa em viajar com meus 2 filhos. Mas você me supera! ;) Parabéns!

Unknown disse...

Imagina, Glicia! Você é muito mais corajosa. Sem comparação!

Pacotes de Viagens Bonito MS disse...

Adorei as dicas. Prabéns

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